VIOLÊNCIA E EDUCAÇÃO

A violência como fenômeno social caracteriza-se por sua instrumentalidade, distinguindo-se do poder, do vigor, da força e, mesmo, da autoridade. Ela contrapõe-se ao poder: de forma que onde domina um absolutamente, o outro está ausente. Arendt funda um caminho de ação no campo da educação em vista de uma intervenção na realidade de violência social. Afinal a educação deve efetivar o discurso e a ação. Não há como negar que o fenômeno da violência emergiu como um problema pra os indivíduos e as sociedades deste final de século. As respostas a este fenômeno tem se mostrado múltiplas e diversas: individual, comunitária e governamental. Um estudo sofre violência e juventude no Brasil aponta que a mídia divulga os jovens como produtores de violência, no entanto são também vitimas de violência. Não há consenso entre os pesquisadores quanto as causas que produzem a violência nem mesmo quanto ao fenômeno em si. Na verdade a violência sempre foi vista como um fenômeno marginal. A abordagem da violência deve ocorrer no conjunto de sua reflexão política. Hannah Arendt entendia que labor era o processo biológico do corpo humano, trabalho era o artificialismo da existência humana e compreendia a ação como um segundo nascimento que nada tem a ver com necessidade nem com a utilidade. Ao tratar do trabalho humano e do processo de reificação, constata a existência de elementos de violência no processo de fabricação: “... o homo faber, criador do artifício humano, sempre foi um destruidor da natureza.” Quando fala de ação, relaciona a violência com deterioração do político e com a ausência de ação e de diálogo, expressões efetivas de poder. Constata também que há distinção entre autoridade e violência, obediência e coerção.


EDUARDO  MELO
ALUNO DA UNIT - SERVIÇO SOCIAL
(Baseado em textos de Hannah Arendt

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