Os trabalhadores rurais que bloquearam a entrada da fábrica da Braskem, em Marachal Deodoro, na manhã desta sexta-feira, 17, foram retirados do local pelo Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar de Alagoas (Bope) com balas de borrachas e bombas de gás lacrimogêneo.
O bloqueio que ocorreu na AL-101 Sul foi organizado pelos camponeses ligados ao Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) e Comissão Pastoral da Terra (CPT), com o objetivo, segundo Josival Oliveira, coordenador Nacional do MLST, de dar as boas-vindas à presidenta Dilma Rousseff (PT), que está no Estado visitando a planta da nova fábrica da Braskem.
Durante o protesto, os senadores Renan Calheiros e Benedito de Lira, desembargadores do Tribunal de Justiça de Alagoas e diversas autoridades do estado ficaram presos no bloqueio. “A nossa intenção é não deixar passar ninguém enquanto não resolverem permitir a entrada dos trabalhadores”, enfatizou Carlos Lima, coordenador da CPT/AL.
O senador Benedito de Lira destacou à imprensa que caberia ao governo acionar os órgãos de segurança pública do Estado para liberar a rodovia. “É um desrespeito ficarmos aqui olhando para o asfalto, uma vez que se protesta por nada, onde estão os direitos de ir e vim das pessoas? A Constituição só serve para eles?”, questionou.
Porém, as autoridades não permaneceram no bloqueio mais de uma hora, pois o Bope dispensou os trabalhadores rurais com os seus instrumentos de choque. Por outro lado, os camponeses, em meio a balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo, não reagiram à ação truculenta da polícia e saíram do local.
“Essa ação da polícia foi desnecessária, os trabalhadores apenas queriam entregar uma pauta de reivindicação, pois é essa a política neoliberal petista, que reflete no mensalão e principalmente do governo de Alagoas”, destacou Oliveira.
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