O Papa Francisco, o bispo Munib A. Younan e o
reverendo Martin Junge, respectivamente presidente e secretário geral da
Federação Luterana Mundial, presidirão a comemoração ecumênica conjunta. A Reforma
de Lutero fará 500 anos em 2017, quando serão ressaltar os sólidos progressos
ecumênicos entre católicos e luteranos, além dos frutos recíprocos surgidos do
diálogo. Do evento faz parte uma celebração comum baseada no guia litúrgico
católico-luterano "Common Prayer” (Oração comum), publicada recentemente.
"A Federação Luterana Mundial se prepara para
comemorar o aniversário da Reforma com um espírito de responsabilidade
ecumênica. Estou profundamente convencido de que trabalhando pela reconciliação
entre luteranos e católicos, trabalhamos pela justiça, a paz e a reconciliação,
em um mundo desgarrado pelos conflitos e a violência”, declara Junge,
secretário geral da FLM.
Por sua parte, o cardeal Kurt Koch, presidente do
Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, acrescenta:
"Concentrando-nos na centralidade da questão de Deus e em um enfoque
cristocêntrico, os luteranos e católicos poderemos celebrar uma comemoração ecumênica
da Reforma, não simplesmente pragmática, mas com um profundo sentido da fé em
Cristo crucificado e resuscitado”.
O acontecimento de Lund se insere no processo de
recepção do documento de estudo "From conflict to comunion” (Do conflito à
comunhão), publicado em 2013, que desde então tem sido amplamente distribuído
entre as comunidades católicas e luteranas. O documento é a primeira tentativa,
por ambas as partes, de descrever juntos, em nível internacional, a história da
Reforma e de suas intenções.
No início deste ano, a FLM e o PCPUC enviaram às
igrejas membros da Federação Luterana Mundial e às conferências episcopais
católicas uma Oração Comum elaborada conjuntamente, que é um guia litúrgico
para ajudar as igrejas a comemorarem juntas o aniversário da Reforma. Baseia-se
no documento de estudo "Do conflito à comunhão: Comemoração luterano-católica
comum da Reforma, em 2017” e apresenta os temas da ação de graças, do
arrependimento e do compromisso de testemunho comum, com a finalidade de expressar
os dons da Reforma e pedir perdão pelas divisões que se seguiram às disputas
teológicas.
2017 coincidirá também com o 50º aniversário do
diálogo internacional luterano-católico, que deu importantes resultados
ecumênicos, entre os quais o mais significativo é a Declaração conjunta sobre a
Doutrina da Justificação (DCDJ). A DCDJ foi firmada pela Federação Luterana
Mundial e a Igreja Católica, em 1999, e acolhida pelo Conselho Metodista
Mundial, em 2006. A Declaração anulou disputas centenárias entre católicos e
luteranos sobre as verdades fundamentais da doutrina da justificação, que
estava no centro da Reforma, no século XVI. ADITAL
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