Quem está dando o golpe?

Os negros são 47% da população de São Paulo. Conforme números do Datafolha, a participação de negros nas manifestações favoráveis ao golpe que ocorreram na capital paulista foi de, em média, aproximadamente 20%. Os brancos eram cerca de 75%. Enquanto em São Paulo os empresários formam 2% da população, nos atos pró-impeachment na paulista 12,5% eram empresários, com mais de 15% do total de manifestantes recebendo mais que 20 salários mínimos — $17.600,00 (dezessete mil e seiscentos reais) — por mês, ao passo que apenas 3% da população de toda a cidade tem uma renda mensal acima desse patamar.

Ainda conforme o Datafolha, o PSDB foi o partido mais citado (27%) como preferido pelos manifestantes pró-impeachment. Questionados no último ato antes do golpe sobre quem foi o melhor presidente da história do país, 60% citaram Fernando Henrique Cardoso, cujo governo foi marcado por uma série de privatizações, cortes de direitos e engavetamentos de investigações de corrupção.

Ao contrário do protagonismo que vem sendo exercido pelas mulheres que lutam contra o golpe, que organizaram atos como o “Fora Cunha” em todo o país e, recentemente, o “Baile das Bruxas” contra Temer em Aracaju, as mulheres que se manifestaram a favor do impeachment são moldadas como recatadas e do lar, sendo relegado a elas um papel de coadjuvantes.

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