sábado, 12 de novembro de 2011

Berlusconi deve renunciar neste sábado após aprovação de lei

A Câmara dos Deputados italiana decidirá neste sábado sobre o projeto de Lei de Orçamento para 2012, que inclui algumas das medidas de austeridade econômica mais urgentes exigidas pela União Europeia para tranquilizar os mercados. Logo após a sanção do pacote, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi deve renunciar, conforme prometido durante a semana.
O texto, que nesta sexta-feira foi ratificado pelo Senado, chegou ao plenário da Câmara dos Deputados por volta das 12h30 locais (9h30 de Brasília) para ser discutido e, em seguida, deve ser aprovado. Após o trâmite, estima-se que Berlusconi apresente sua renúncia ao cargo de premiê, colocando fim ao seu quarto governo, iniciado no dia 8 de maio de 2008.
A legislatura, marcada pelos escândalos de índole sexual que levaram o líder à Justiça italiana, acaba dois anos antes do fim natural, pois o mandato terminaria em 2013. A saída foi acelerada pela crise da dívida que ameaça as finanças públicas do país - e a estabilidade de todos os membros da zona do euro.
Opções - A opção política mais cotada para a Itália é a formação de um governo tecnocrata, liderado por uma personalidade que coloque em acordo todas as forças políticas para tirar a Itália da difícil situação atual. O nome especulado no momento para levar esse projeto a cabo é o do economista e ex-comissário europeu Mario Monti, de 68 anos, que conta com grande apoio entre as forças parlamentares e, na quarta-feira, foi nomeado senador vitalício pelo presidente da Itália, Giorgio Napolitano. 
Almoço com Monti - Nesta sexta-feira, mais sinais foram dados de que Monti deve ser o novo premiê italiano. O Senado informou que Berlusconi almoçaria com o ex-comissário, no que seria o primeiro encontro entre os dois desde que a crise começou. A atitude pode sinalizar que Berlusconi está mais flexível quanto à nomeação de Monti, dizem analistas.
Neuro - Em entrevista ao jornal holandês Algemeen Dagblad, o diretor do escritório científico do partido governista holandês VVD, Patrick van Schie, afirmou que os políticos holandeses deveriam, seriamente, levar em consideração uma nova moeda, o "neuro", que seria adotado apenas pelos países da Europa do Norte. Apesar de o nome da nova moeda sigficar apenas "novo euro", a piada está pronta.
(Com agência EFE)

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