A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), lançou em Roma nesta segunda-feira (13) um programa que incentiva a criação em larga escala de insetos para reforçar a segurança alimentar. Segundo o órgão, insetos são alimentos ricos em nutrientes, de baixo custo, ecológico e "delicioso".
Degustação de larvas fritas na França (Foto: Denis Bringard/Biosphoto/AFP) |
Dois bilhões de pessoas em culturas tradicionais já comem insetos, mas o potencial de consumo é muito maior, considera a agência. "Nossa mensagem é: comer insetos, que são abundantes, uma rica fonte de proteínas e minerais", declarou Eva Ursula Müller, diretora do Departamento de Política Econômica Florestal.
Os trilhões de insetos, que se reproduzem sem parar na terra, no ar e na água, "apresentam maiores taxas de crescimento e conversão alimentar alta e um baixo impacto sobre o meio ambiente durante todo o seu ciclo de vida", defendem os especialistas. De acordo com seus cálculos, cerca de 900 espécies de insetos são comestíveis.
A FAO enumera os benefícios da produção de insetos em larga escala: são necessários 2 kg de ração para produzir 1 kg de insetos, enquanto o gado requer 8 kg de alimento para produzir 1 kg de carne. Além disso, os insetos "são nutritivos, com um elevado teor de proteínas, gorduras e minerais" e "podem ser consumidos inteiros ou em pó e incorporados noutros alimentos".
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