Gouinage é o nome dado às práticas sexuais, entre duas (ou mais) pessoas, que não envolvem penetração dos corpos. O termo foi cunhado para referir-se ao sexo entre lésbicas e hoje está se difundindo entre gays e heterossexuais. Bastante democrático, o gouinage tem timidamente se popularizado e se diferenciado das “preliminares”.
Ainda causa estranheza para alguns que sexo oral, carícias e fricções sejam considerados como sexo “completo”, para muitos casais essas práticas servem como um primeiro prato do jantar que culminaria na penetração como prato principal. Entretanto, o contato entre os corpos e a busca por prazer pode ser completa, intensa e prazerosa sem a penetração, há outras formas de organizar um menu degustação. É sexo sim!
Os gouines não constituem um movimento político contra a penetração, curtem uma prática sexual que ainda está trabalhando sua popularidade. Isso não os impede de fazerem sexo com penetração (muitos gostam bastante, aliás), entretanto, veem no gouinage outras possibilidades de prazer e sexo.
No gouinage se investe no corpo do/da parceiro/a com toques, carícias, cheiros, lambidas, estímulos, abraços, apertos e também com estimulação genital. Pode, além disso, ser uma oportunidade de investimento no prazer mútuo e de intensificação do contato e da intimidade. Há, inclusive, diversas posições sexuais listáveis para uso no gouinage. O sexo com penetração também pode conter tais elementos, a diferença é apenas a intenção e o desejo dos parceiros.
Gouinage pode ganhar muitos sentidos: um modelo de sexo menos falocêntrico; uma etapa importante para ganhar intimidade com o/a parceiro/a; uma forma especial de obtenção de prazer; um meio de driblar restrições genitais, por ritos morais ou médicos; uma fuga da penetração por medo, dor ou gosto, entre muitas outras possibilidades. O central aqui é que cada sujeito significa suas práticas à sua maneira e deve tentar ter em seu portfólio aquilo que lhe faz bem e lhe dá prazer.
Há algo de poético na prática do gouinage: o brincar com o corpo. Conhecer o corpo do outro (e o próprio) ainda é um tabu para muitos casais heterossexuais e homossexuais. O sexo com penetração pode ser muito “direto ao ponto” em alguns casos, enquanto o restante seria “perda de tempo”. A exploração das zonas erógenas (mesmo as mais desconhecidas) e dos fetiches corporais (os mais diversos possíveis) podem constituir um exercício interessante de autoconhecimento e intimidade. O gouinage não seria uma restrição do sexo em sua essência, e sim uma ampliação de seus limites.
FONTE: Sexusfs
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