sábado, 16 de fevereiro de 2013

JUVENTUDE, PROBLEMA OU SOLUÇÃO?

Atualmente vivemos em uma fase de transformações acentuadas, que afetam o comportamento humano. A vida pós-moderna exige muito de todos, em especial dos jovens. Esses vivem buscando formas de reafirmarem “sua identidade” diante da sociedade. A sociedade, por sua vez, não entende bem essa busca juvenil e taxa-os de “problemas”.
Psicóloga Rita de Cássia
 Em busca de construção, afirmação ou até mesmo de aceitação, típica dos jovens, tende a levá-los, individualmente ou em grupos “de iguais”, a mostrarem que existem e precisam ser percebidos pela sociedade. Mas segundo a psicóloga Rita de Cássia Ramos essa busca pelo “lugar ao sol” não deve extrapolar os parâmetros do eu interior. “O jovem precisa ser trabalhado para que perceba que sua identidade é interna e não meramente externa”, alerta a psicóloga.
           Com relação a busca “de iguais”, a psicóloga Rita revela que nós seres humanos, desde sempre, buscamos estar com aqueles que nos parecem familiares: e idéias, costumes, gostos..Mas que cada um possui particularidades que precisam ser levadas em conta. “Tem jovens que desejam ser totalmente iguais aos do grupo e outros super diferentes do restante da turma – tem que equilibrar isso aí”, comenta Rita. E completa: “Quem não se achou precisa se achar!”
    Às vezes, na busca de sua afirmação social, o jovem perde-se nas drogas, no consumismo, no hedonismo e nas mais fartas futilidades existentes, sem falar no ingresso no crime. Com relação a isso, a psicóloga é firme em dizer que “o remédio para esse problema é o resgate de valores por parte da família e a transmissão (de forma natural – no cotidiano) dos mesmos aos jovens.” Ainda segundo Rita, a sociedade e a escola, tem papel fundamental nesse processo. Família, escola e sociedade precisam olhar com novos olhos para a juventude.
     O jovem, em especial, precisa sentir-se pertencente à sociedade. Somente sentindo-se parte desse todo é que a juventude cuidará daquilo que acredita pertencer.
   Aos que cuidam de jovens ditos problemáticos, a psicóloga aconselha: “ouçam esses meninos e meninas. Talvez a sua revolta interior de um mundo não aceito, pode ser resolvida com boas doses de diálogo. Esses jovens sofrem com aquilo que nós seres humanos não suportamos: a rejeição.”



Por Eduardo Melo
(TEXTO PUBLICADO EM 18/12/2010 E REPUBLICADO HOJE POR OCASIÃO DO ANO DA JMJ NO BRASIL E CF 2013)

Um comentário:

  1. Ótimo artigo, parabéns!

    Acrescento que a juventude é o presente e precisam apenas de oportunidades para mostrar seu valor. Assim como de políticas públicas afirmativas que os valorizem em todas as áreas sociais. O Governo Federal vem fazendo sua parte a uma década, cabe aos governos estaduais e municipais também darem sua contribuição para nossos jovens sejam pessoas valorizadas, capacitadas e com totais condições de viver a vida com qualidade, respeito ao próximo e ao meio ambiente.

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