WikiLeaks é uma organização transnacional sem fins lucrativos, sediada na Suécia,[1] que publica, em seu site, posts de fontes anônimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos sensíveis.
O site foi construído com base em vários pacotes de software, incluindo MediaWiki, Freenet,Tor e PGP.[2] Apesar do seu nome, Wikileaks não é um wiki - leitores que não têm as permissões adequadas não podem editar o seu conteúdo.
Para a postagem, WikiLeaks recomenda vivamente o uso do Tor, visando preservar a privacidade dos seus usuários,[3] e garante que a informação colocada pelos usuários não é rastreável. O site, administrado por The Sunshine Press,[4] foi lançado em Dezembro de 2006 e, em meados de Novembro de 2007, já continha 1,2 milhões de documentos. [5]
No site, a organização informa ter sido fundada por dissidentes chineses, jornalistas, matemáticos e tecnólogos dos Estados Unidos, Taiwan, Europa, Austrália e África do Sul.[6][7] Seu diretor é o australiano Julian Assange, jornalista e ciberativista.[8]
WikiLeaks recebeu vários prêmios para novas mídias, incluindo o New Media Award 2008 da revista The Economist.[9] Em junho de 2009, a WikiLeaks e Julian Assange ganharam oMedia Award 2009 (categoria "New Media") da Anistia Internacional,[10] pela publicação deKenya: The Cry of Blood - Extra Judicial Killings and Disappearances, em 2008 [11] um relatório da Comissão Nacional Queniana de Direitos Humanos sobre a política de extermínio no Quênia. Em maio de 2010, WikiLeaks foi referido como o número 1 entre os "websites que poderiam mudar completamente o formato atual das notícias".[12]
Em abril de 2010, WikiLeaks postou, no website Collateral murder, um vídeo feito em 12 de julho de 2007, que mostrava civis iraquianos sendo mortos durante um ataque aéreo das forças militares dos Estados Unidos.
Em julho do mesmo ano, a organização ganhou maior visibilidade mundial, ao divulgar oAfghan War Diary, uma compilação de mais de 76.900 documentos secretos do governo americano sobre a Guerra do Afeganistão.
No mês de outubro, em articulação com grandes organizações da mídia, Wikileaks publicou um pacote com quase 400.000 documentos secretos, denominado Iraq War Logs, reportanto torturas de prisioneiros e ataques a civis pelos norte-americanos e seus aliandos, na Guerra do Iraque.
Em 28 de novembro, publicou uma série de telegramas secretos de embaixadas e do Governo estadunidense.
Dois dias depois, em 30 de novembro, a pedido da justiça da Suécia, a Interpol distribuiu em 188 países, uma notificação vermelha, ou seja, um chamado àqueles que souberem do paradeiro de Julian Assange, para que entrem em contato com a polícia - o que equivale aproximadamente a uma ordem internacional de prisão. Isto porque, em agosto, duas mulheres suecas denunciaram Assange por violência sexual.
Em 1º de dezembro, WikiLeaks anunciou que a Amazon.com o expulsara dos seus servidores, onde estava hospedado desde que começaram os ataques contra seu hospedeiro sueco, Bahnhof, em 28 de novembro, o que tornou o acesso instável. Quando, no dia 1º, os servidores da Amazon pararam de responder aos pedidos de acesso, WikiLeaks ficou indisponível durante várias horas. O senador americano Joe Lieberman, que também é chefe do Comitê de Segurança Interna do Senado dos EUA, informou que a decisão da Amazon atendia a pedidos de membros do Congresso americano.[13] Segundo o senador, "a decisão da companhia [Amazon] de cortar o WikiLeaks agora é a decisão correta e deveria estabelecer o padrão para as demais", referindo-se aos demais servidores onde o WikiLeaks tem documentos armazenados.
Após retirarem o domínio wikileaks.org do ar, eis o novo domínio: http://213.251.145.96/
A 3 de Dezembro de 2010, Wikileaks anunciou no twitter.com/wikileaks o seu novo endereço de site na Suíça: http://wikileaks.ch
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