segunda-feira, 25 de abril de 2011

Dr. Cledson diz: Não há necessidade da Moção de Repúdio


















Canindé/SE – Quinta-feira, Seção do Legislativo Municipal do dia 21, na tribuna da Câmara Municipal de Vereadores de Canindé de São Francisco o uso da palavra foi intensificado pela solicitação de aprovação e assinaturas de uma Moção de Repúdio a Autoridade Policial, Delegado Dr. Cledson Ferreira Pinto, que, na concepção dos Vereadores, foram tratados de forma desrespeitosa e autoritária. 
Adeval Marques


Na ocasião, dos nove Vereadores, compareceram à casa oito deles e todos os presentes, com exceção do Vereador José Renato, o Tutucha, usaram da tribuna e não só votariam pela aprovação como também reiteravam as suas assinaturas junto ao manifesto em sinal de união e sensibilidade aos colegas Vereadores. No final da seção, a Moção de Repúdio foi aprovada e solicitada o seu encaminhamento junto a Autoridade Policial.

Sexta-feira, dia 22, a Moção de Repúdio é encaminhada a Delegacia, onde foi recebida e protocolada pelo expediente da mesma e levada ao conhecimento do Delegado, o qual forneceu cópia do referido documento ao blog RevistaCanindé. Fomos recebidos pelo próprio Dr. Cledson Ferreira, em seu gabinete, e nos forneceu as informações necessárias para que toda a sociedade possa entender o que aconteceu.

Antes de iniciar a conversa, o Dr. Cledson Ferreira deixou claro que não estava dando uma contra-resposta aos Vereadores e muito menos se justificando, apenas concederia a entrevista em função da solicitação do blog RevistaCanindé e pelo fato de ter sido o nosso blog o responsável por divulgar o acontecido, além de saber que o espaço e bastante acessado pela comunidade de Canindé de São Francisco, devido aos assuntos e informações imparciais levadas à sociedade. O Delegado começou dizendo que: “A minha relação para com o Legislativo Municipal de Canindé, sem exceção de nenhum Vereador, é baseado no respeito, na atenção e na obrigação responsável do meu dever enquanto Autoridade Policial. Aqui estou para servir toda à sociedade, do cidadão mais humilde ao mais abastado, da classe política em suas Autoridades, do comércio, das religiões e de todos os grupos da sociedade sem distinção de grau ou qualquer outro status, mesmo que possa haver uma ou outra vez um erro de ação, como é comum a qualquer pessoa”.

Iniciando a entrevista:

RevistaCanindé: Dr. Cledson, na Seção de quinta-feira, dia 22, alguns Vereadores se posicionaram pela coleta de assinaturas e aprovaram uma Moção de Repúdio encaminhada ao senhor. Como o senhor esta vendo essa situação?

Dr. Cledson Ferreira: Com tranquilidade e consciente de que jamais, a começar dos meus princípios de educação, eu uso do desrespeito a qualquer cidadão ou Autoridade que venha até mim e solicite dos nossos préstimos.

RevistaCanindé: O senhor teve acesso a nossa matéria e teve conhecimento da fala dos Vereadores?

Dr. Cledson Ferreira: Sim e acho que é um direito que lhes assiste enquanto Autoridades constituídas pela sociedade e para representá-la, apenas, não vejo a necessidade da Moção, uma vez que tudo pode ser resolvido no campo das boas relações que devem ser mantidas entre os órgãos e os seus representantes em nome do bom andamento e condução da segurança da sociedade.

RevistaCanindé:: O senhor disse a frase: “Pank, na minha casa mando eu”. O que o senhor quis dizer, necessariamente, com esta frase?
Dr. Cledson Ferreira: Em nenhum momento fiz expressão de desrespeito ao pronunciar tal frase, tendo falado em sentido explicativo, não demonstrando nenhuma Autoridade além da que já funcionalmente possuo. Não falo no sentido de posse pessoal e sim no sentido administrativo, mas a forma como isso foi interpretado é que gerou toda a situação, mesmo eu tendo falado em tom baixo. A Delegacia é da Autoridade responsável assim como a Câmara Municipal em seus gabinetes são, nos mandatos, de cada Vereador, ou seja; no gabinete de Pank, manda Pank; no gabinete de Adriano, manda Adriano; na Presidência da casa, quem manda é o Presidente e assim por diante. Eu não posso simplesmente chegar na Câmara de Vereadores ou em qualquer gabinete e intervir na administração da casa, nos trabalhos da Presidência, nos trabalhos dos gabinetes, isso seria um ato de irresponsabilidade no exercício da função e de desrespeito.

RevistaCanindé:: Ao receber a Moção qual foi a sua reação e o que o senhor planeja?

Dr. Cledson Ferreira: Recebi, como já falei, tranquilo e com a consciência em paz. Apenas não achei necessária e sobre isso o que eu planejo, posso assegurar que sou um Delegado a serviço do Estado. Então, estou hoje aqui e amanhã posso estar em qualquer outro lugar onde os nossos serviços sejam solicitados no desempenho das minhas atribuições. Embora tranquilo, fiquei simplesmente desapontado com a postura tomada, haja vista que sempre recebi bem os Vereadores e considerava muitos deles como amigos particulares, independente da posição política que tomassem. Inclusive, sempre que possível, e que não acarretasse na prática de prevaricação, procurávamos atender os pedidos por eles feitos.

RevistaCanindé: O que o senhor teria para dizer ao Legislativo Municipal, em especial a comissão de Vereadores, que vieram lhe fazer a visita e por fim a sociedade?

Dr. Cledson Ferreira: Não quero dar nenhuma resposta aos Vereadores, pois estou consciente do meu papel como Autoridade Policial, do meu dever. Eu não os tratei com desrespeito, se houve quebra de postura de pessoas ali presentes, foram praticadas pelos próprios vereadores, que sem possuírem conhecimento técnico da ciência do Direito e sem estarem a par dos fatos, agiram de forma a colocar em dúvida a idoneidade e capacidade dos que representam a Polícia Civil em nossa cidade. Não quero dar nenhuma resposta aos Vereadores, pois estou consciente do meu papel como Autoridade Policial e do meu dever, sendo o trabalho da Delegacia reconhecida perante a Sociedade Canindeense e região, pela Justiça local e pelo Ministério Público, sendo o reconhecimento destes últimos de natureza técnica. Eu não os tratei com desrespeito e nem fui autoritário, isso é fato. Posso dizer que, entre outras coisas, um homem pode ser conhecido pela sociedade por sua postura, seu trabalho, sua índole, sua fé e sua reputação. Meu histórico e os serviços que desempenhamos em Canindé estão ai para serem julgados e, tenho a certeza, por Canindé, eu Cledson Ferreira, só fiz o bem. Estou respaldado nos casos que elucidamos, nas prisões dos mal-condutas que efetuamos, no fechamento de pontos de drogas, em vários casos que, se formos falar, seria desnecessário. Não uso a Instituição da Polícia e nem o cargo de Delegado para me autopromover, ou para maltratar, desrespeitar ou qualquer outra situação. Respeito os Vereadores e tenho a certeza que haverá um tempo para a reflexão do ato.

RevistaCanindé: O senhor gostaria de acrescentar mais alguma coisa

Dr. Cledson Ferreira: Eu compreendo e desejo o bem aos Vereadores. Isso não é um pedido de desculpas e também não existe crise entre esta Autoridade Policial e o Legislativo Municipal, cada um exerça a sua função com profissionalismo. É um direito que lhes assiste, mas foi lamentável o pedido de Moção de Repúdio, e mas lamentável falar em nome do podo de Canindé, já que sou bem quisto na cidade. O diálogo deve existir nas boas relações que devem nortear a direção dos bons caminhos em nome das boas causas em prol da sociedade e da construção que nos propomos a fazer por um mundo melhor. É o que tenho a dizer.

Entenda o que aconteceu:

Na quinta-feira, dia 21, na parte da tarde, por volta das 15:00hs., uma comissão de Vereadores, formada pelo Presidente do Legislativo Municipal, Joselildo Nascimento (Pank), do 1o. Secretário, Adriano Santana e dos demais Parlamentares Edimilson da Agrovila e Luciano Ferreira, se dirigiram à Delegacia de Polícia local no intuito de conversar com a Autoridade Policial, Dr. Cledson Ferreira, na intenção de obter informações de como funcionava a vigilância privada que estava em funcionamento na cidade de Canindé há alguns dias.

Relato prestado pelo Delegado Dr. Cledson Ferreira Pinto ao blog RevistaCanindé

"Os parlamentares me procuraram (Autoridade Policial) para obterem a informação no sentido da legalidade da vigilância particular, suas atribuições, se poderia portar armas, fazer rondas locais, abordagem de cidadãos, encaminhamentos e solicitações junto à Delegacia e 4o. BPM - Batalhão de Polícia Militar - entre outras perguntas. Eu os recebi em meu gabinete e no corredor da Delegacia se encontrava o flagranteado de nome José Cruz que, por ser professor, não fora colocado de imediato atrás das grades, mesmo tendo sido preso em flagrante delito por conduzir uma moto com o garupa sem capacete, colocando assim em risco a vida ou saúde de outrem (art. 132 do CP), e por praticar o crime de desacato contra um policial no momento da apreensão do veículo (art. 331 do CP). A fiança já havia sido arbitrada e deixamos o conduzido com o celular para que este pudesse levantar o valor necessário para sua soltura, tendo o conduzido permanecido no corredor da delegacia das 13h30 às 16h00, tendo este, invés de utilizado da oportunidade dada para angariar recursos, utilizou do tempo para ligar para conhecidos e afirmar que estava sendo preso injustamente, tendo afirmado isso também para os Vereadores. Mesmo com toda boa vontade e paciência da Autoridade Policial e de seus Agentes, já que o infrator se negava a pagar a fiança e afirmava que não iria pagar nada, não se poderia proceder de outra forma, senão recolhê-lo ao cárcere, como já deveria ter sido tratado desde o início, conforme determina a lei".
Continua o Delegado dizendo: "Nós estávamos conversando quando um dos Agentes fora conduzir o infrator ao cárcere. Por este se recusar a entrar na cela, o Agente de Polícia tentou persuadi-lo a entrar, tendo em determinado momento sido necessário pelo Funcionário Público usar de uma voz mas incisiva e em um tom mais elevado. Neste momento, o Vereador Pank, invés de procurar explicações, simplesmente se levantou e abriu a porta para ver o que estava acontecendo. Enquanto o Vereador se dirigia à porta, foi solicitado, em tom brando a seguinte frase: “Pank, por favor, deixe o policial resolver”, tendo repetido mais duas vezes tal frase. Após solicitação dos outros Vereadores, Pank retornou ao seu lugar, tendo sido explicado a ele e aos demais Vereadores que Na minha casa mando eu”. Da mesma forma que Vereadores mandavam na Câmara Municipal. Portanto, qualquer situação deveria ser tratada com a Autoridade Policial, pois do contrário, seria uma falta de respeito. Após isso, Pank se prontificou a pagar a fiança e se retirou do local, sendo seguido pelos demais vereadores. Passando a Autoridade Policial a tratar do caso com o Defensor Público, Dr. Galdino".

Dr. Cledson Ferreira:: Gostaria de agradecer ao espaço que o blog RevistaCanindé me concede afim de poder expressar meu relato e em especial a Adeval Marques por levar até a sociedade as informações de forma imparcial. Quero também agradecer o apoio da população, inclusive de comerciantes de expressão que se recusaram a assinar tal lamentável documento. Obrigado.
Adeval Marques



FONTE: http://revistacaninde.blogspot.com


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