HETEROSSEXUALIDADE SEM HOMOFOBIA E HOMOSSEXUALIDADE SEM HETEROFOBIA

Se todas as crenças ocidentais de grande influência na sociedade declaram que todos, sem exceção, somos igualmente marcados pelo pecado, tanto potencialmente como na prática e que Deus não faz distinção de pessoa; a discriminação por razões morais e/ou religiosas contra, por exemplo, os homoafetivos, torna-se ridícula e hipócrita, além de acrescentar mais um pecado ao nosso vergonhoso currículo. Além do mais, muitos se opõem à homossexualidade de forma não educada, inteligente, coerente nem tão pouco caridosa. Há casos de agressão verbal e física.

            Em contraparida, os homossexuais não podem dar lugar a heterofobia. Os “homos” podem sair do armário sem pretender colocar os “héteros” nos armários vazios. Tantos os homossexuais tem o direito garantido por lei de defender a sua bandeira, como os heterossexuais a deles.

            Vale lembrar que caso um homossexual desejar, espontaneamente, deixar o homossexualismo – buscando apoio psicológico, religioso ou pastoral – ele deve ser respeitado na sua nova escolha. Bem como se um hétero descobrir-se homo deve ser respeitado na sua opção de vida moral, social e cultural.

            E se uma Igreja se recusa a celebrar “um casamento gay” ou ordenar um padre ou um pastor homossexual, por que zombar perseguir, multar ou prender o responsável por esse comportamento, exigido por sua doutrina? E a liberdade religiosa? Tanto os homos como os heteros tem liberdade de pensamento e de ação.

            A prática homossexual é condenada pelas três grandes religiões monoteístas do planeta: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Mas no caso dos cristãos, fieis a Bíblia, se obrigam por ela, a condenar igualmente e com a mesma intensidade: o adultério, a hipocrisia, a corrupção, o egoísmo, a inveja, a violência, a injustiça social, a fome e daí por diante.

DE: Revista Ultimato (Julho-Agosto.2010.Nº 325) adaptado Por Eduardo Melo.