Depois de pouco mais de 24 h de investigação, a Polícia Civil do 32º Distrito Policial de Piranhas, responsável pelo caso, apontou o nome dos irmãos Álvaro Brito, o “Alvinho”, 20, e Albano Brito como sendo os autores do assassinato dos primos Walace Rodrigues de Goes, conhecido como “Loirão”, 20, e Maxuel Rodrigues de Goes, o “Neguinho”, 21, crime ocorrido durante as festividades do Padroeiro São José, na madrugada do último domingo (17), em Olho D’água do Casado.
Os levantamentos da polícia levam a acreditar que o duplo crime tenha sido motivado por uma rixa originada em uma confusão com os acusados durante os festejos do carnaval deste ano, em Canindé do São Francisco/SE, quando as vítimas e os acusados haviam se agredido fisicamente por causa de uma disputa por som automotivo.
Nossa reportagem apurou que os acusados que são muito conhecidos por serem filhos de um homem que realiza transporte alternativo no município, são responsáveis por uma equipe de som automotivo, denominada de Tsunami, e que costumam arrumar confusão por onde passam.
Um morador da cidade preferiu anonimato, e chegou a dizer que a dupla é o terror da população olhodaguense. “Eles são mestres em perturbar o sossego alheio e não gostam de ser contrariados.” Disse.
Na internet, uma amiga do “Alvinho” chegou a publicar em seu perfil do facebook a seguinte mensagem na tentativa de consolar o amigo. “Assim que Deus te abençoe e que os outros lhe perdoem, pois só nós amigos sabemos o que aconteceu de verdade para você ter feito isso.” Esta citação foi deletada da rede.
Com exclusividade, falamos com uma testemunha ocular do assassinato e ela nos contou que o “Alvinho” foi o primeiro a atirar contra Walace ou “Loirão” que morreu na hora e depois entregou a arma para o irmão – Albano – que além de efetuar outros disparos contra Maxuel que estava na companhia do primo, ainda teria dito: “toma esse é seu”.
Um tio dos primos também não se identificou e contou que a cidade está em luto, pois as vítimas eram muito queridas, filhos de pais evangélicos, mas estavam afastados da religião que chegaram a comungar.
O tio ainda disse que Walace trabalhava no Fórum da cidade e era muito querido pelos promotores e juízes. Já o Maxuel ajudava o pai que é comerciante, dono de uma padaria. “A família está muito abalada com tudo que aconteceu e cobra justiça”. Os acusados são filhos de pessoais muito influentes. Esperamos que eles paguem pelo que fizeram.
Os acusados estão foragidos e não há informações de seus paradeiros.
Fonte: Minuto Sertão
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