Nesse sexta feira (15) a revista ISTOÉ publicou em seu site uma matéria sobre o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP). A reportagem, assinada por Claudio Dantas Sequeira e Izabelle Torres, afirma que a revista teve acesso a provas de que Feliciano omitiu informações financeiras da Justiça Eleitoral, e afirmou que o pastor utilizava seus programas de TV como meio de induzir os fiéis a comprar em suas empresas.
De acordo com a revista, que descreve Feliciano como “a maior aberração política dos tempos recentes”, ao fazer a declaração de bens que apresentou à Justiça Eleitoral em 2010, ele omitiu ser proprietário da GMF Consórcios e da Cinese – Centro de Inteligência Espiritual, um curso preparatório para concursos cujas atividades foram encerradas no fim de 2009 e deveriam constar na declaração de Imposto de Renda do ano seguinte.
Segundo a revista, o pastor declarou um patrimônio de R$ 634,8 mil, o que inclui empresas Kakeka Comércio de Brinquedos e Vestuário, Marco Feliciano Empreendimentos Culturais e Eventos, e Tempo de Avivamento Empreendimentos, além de cinco veículos e oito imóveis, mas que informações registradas em base de dados de crédito, porém, indicam ao menos outros seis endereços em seu nome.
Os jornalistas afirmaram ainda que Feliciano assumiu a presidência da Comissão devido a uma “costura partidária atrapalhada”, e disse que além de omitir ser proprietário de algumas empresas, usava sua influência como líder religioso para induzir fiéis a comprar em uma de suas empresas. O caso comentado pela revista é o da GMF, empresa da qual o pastor fazia propaganda em seu programa de TV.
Procurado pela redação do Gospel+, Marco Feliciano informou através de sua equipe que em breve se pronunciará oficialmente sobre as acusações.
Alvo de fortes críticas desde que assumiu o novo cargo, Feliciano teria também procurado apoio político para se manter no cargo. De acordo com o Estadão, ele se reuniu nesta quinta-feira, 14, com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pedindo ajuda para acabar com clima de confronto de parlamentares do PT, do PSOL e do PSB com os evangélicos. A publicação afirma que o deputado buscou apoio também com o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que teria pedido para não envolver o governo na confusão, e com o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), um dos parlamentares contrários à sua eleição para comandar a Comissão.
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