2019 reforçou o esgotamento do ciclo “progressista”, que hegemonizou a América Latina de meados dos anos 2000 a meados da década seguinte. O ciclo se encerrou em meio a diversas expressões de desconexão entre a institucionalidade controlada por aquelas forças políticas e os setores populares em constante mudança que elas esperavam representar. Nesse processo, também ficaram evidentes os limites dos projetos transformadores, que em dado momento demonstraram que não conseguiriam avançar para além do “neoextrativismo”, que vem reprimarizando as economias da região, e das políticas sociais que só poderiam reduzir a pobreza e a desigualdade de suas sociedades até certo limite.
Esse esgotamento se traduziu na derrota dos dois projetos que demonstravam maior capacidade de construção de hegemonia. As derrotas da FA (Frente Ampla), no Uruguai, e do MAS (Movimento ao Socialismo), na Bolívia, confirmaram, de modos distintos, o avanço do híbrido de neoconservadorismo e neoliberalismo (ambos essencialmente autoritários) que constitui o ciclo regional emergente.
A FA foi derrotada por pouco, numa eleição centrada no tema da segurança, e num contexto de normalidade democrática.
CONTINUE LENDO EM https://www.nexojornal.com.br/ensaio/2020/Am%C3%A9rica-Latina-entre-derivas-autorit%C3%A1rias-e-explos%C3%B5es-sociais?utm_campaign=anexo&utm_source=anexo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI O SEU RECADO DEMOCRÁTICO!!!
Atenção: O espacodemocratico3.blogspot.com.br não se responsabiliza por opiniões aqui expressas; pela autenticidade dos comentários e menos ainda por ilações que internautas façam em relação a outros comentários ou comentaristas. As opiniões aqui expressas não refletem, obrigatoriamente, a opinião do blog espacodemocratico3.blogspot.com.br. Este é um espaço democrático e aberto a todos que queiram manifestar suas opiniões. Comentários ofensivos ou de baixo calão serão sumariamente deletados.