quarta-feira, 2 de novembro de 2011

REFLEXÃO

Cristo não veio somente para os pobres! Mas, ele demonstrou uma predileção por esses. E negar essa preferência é uma negativa a essência dos primórdios do cristianismo. "Digamo-lo com clareza: a razão última dessa opção está no Deus em quem cremos. (...) Trata-se, para o crente, de uma opção teocêntrica, baseada em Deus", disse o Teólogo Gustavo Gutiérrez.
No nascimento de Jesus vemos essa preferência de Deus pelos excluídos “Naquele tempo, os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura.” (Lc 2, 16). Contextualizando o período em que o Salvador nasceu, naquela época os pastores eram muito mal visto, principalmente pelos proprietários de terras, pois eles no pastoreio não respeitavam a terra dos outros. Os pastores eram desprovidos de terras e tidos como excluídos, poucos conversavam com eles ou lhe dava crédito. E Jesus (Menino-Deus) quis se manifestar a eles (pastores), excluídos pelos homens e amados por Deus. Desde o início o Nazareno demonstrou sua predileção pelos excluídos.
Para atualizarmos essa leitura a nossa realidade, devemos olhar com carinho para os desprovidos de bens, sejam eles Sem Teto, Terra, Alimentação, Dignidade, Direito ou quaisquer outros bens. O Papa Bento XVI, no seu discurso pela paz disse que a humanidade conseguirá a Paz quando souber voltar seu olhar para o marginalizado e esquecido pela nossa sociedade. Vejamos um fragmento “Esta consciência acompanha hoje também à ação da Igreja em favor dos pobres, nos quais vê Cristo, sentindo ressoar constantemente em seu coração o mandato do Príncipe da paz aos Apóstolos: ‘Vos date illis manducare – dai-lhes vós mesmos de comer’ (Lc 9, 13). Fiel a este convite do seu Senhor, a Comunidade Cristã não deixará, pois, de assegurar o seu apoio à família humana inteira nos seus impulsos de solidariedade criativa, tendentes não só a partilhar o supérfluo, mas, sobretudo a alterar (...) os estilos de vida, os modelos de produção e de consumo, as estruturas consolidadas de poder que hoje regem as sociedades”, conclui o Sumo Pontífice.  (Bento XVI, Celebração do dia Mundial da Paz, 01/ 01 / 2009. Combater a pobreza, construir a Paz).
Isso não é um discurso Marxista, muito menos Comunista! E sim, Cristocêntrico (Cristo no centro). Pois Ele mesmo afirmou “Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25, 40).
E a Igreja Católica, com toda a sua riqueza doutrinal e magistral afirmou o seu “amor preferencial pelos pobres” (João Paulo II -  Sollicitudo rei socialis) , sendo reafirmada pela espiritualidade teológica  Latino-Americana e apoiada pelas duas Conferência Geral do Episcopado Latino-americano de Medellín e Puebla.
Estejamos abertos ao Espírito Santo de Deus e solícitos a esse convite de opção cristã.
O Reino dos Céus esta aberto a ricos e pobres, mas, para com o último temos uma dívida que precisamos hipotecar aqui na terra mesmo.



Márcio Alexandre da Silva, formado em filosofia e educador
marciobressane@hotmail.com



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